Antracnose..... fungo
Colletotrichum graminicola
lesões
foliares podem servir como fonte de inóculo para infecções no colmo,
que podem causar tombamento da planta e conseqüente redução na
produtividade da ordem de 18% a 40%.
Manejo da doença: Plantio de cultivares resistentes. A rotação de cultura é essencial para a redução do potencial de
inóculo presente nos restos de cultura.
Carvão Comum ......
Ustilago maydis
Folha: formação de galhas na bainha, na nervura das folhas, no interior dessas galhas, são formadas massas de esporos negros.
Fruto: formação de galhas nos grãos.
CONTROLE: Resistência Genética:
- uso de cultivares resistentes e com bom empalhamento de espiga
Controle Cultural (Rotação, nutrientes, compostagem, espaçamento, aração e gradagem, pH, roguing etc.):
- evitar doses excessivas de nitrogênio;
- evitar injúrias por tratos culturais;
- controlar lagartas que afetam as espigas;
- fazer rotação de cultura em áreas com alta incidência da doença.
Causando perdas na safra.
A ferrugem de polissora, causada pelo fungo
Puccinia polysora Underw,
As perdas podem atingir até 44,6% da produção.
Sintomas: Pústulas
circulares a ovais, marron claras, distribuídas na face superior das
folhas e, com muito menor abundância na face inferior da folha
Ferrugem Comum (Puccinia sorghi)
A doença tem ampla distribuição com severidade moderada.
Sintomas: As
pústulas são formadas em ambas as superfícies da folha, apresentam formato circular a alongado e se rompem rapidamente.
Epidemiologia: Temperaturas baixas (16 a 23
ºC) e alta umidade relativa (100%) favorecem o desenvolvimento da doença.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares com resistência genética.
Ferrugem Tropical ou Ferrugem Branca (Physopella zeae)
O problema é maior em plantios contínuos de milho, principalmente áreas de pivot.
Sintomas: Pústulas
brancas ou amareladas, em pequenos grupos, de 0,3 a 1,0mm de
comprimento na superfície superior da folha, paralelamente às nervuras.
Manejo da Doença:
Plantio de cultivares resistentes. Os plantios contínuos tendem a
agravar o problema causados pelas ferrugens em geral. Recomenda-se a
alternância de
genótipos e a interrupção no plantio durante um certo período para que ocorra a morte dos uredosporos.
Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
Importância e Distribuição:
No Brasil o problema tem sido maior em plantios de safrinha. As perdas
podem atingir a 50% em ataques antes do período de floração.
Sintomas:
Os sintomas característicos são lesões alongadas, elípticas de
coloração cinza ou marrom e comprimento variável entre 2,5 a 15cm. A
doença ocorre inicialmente nas folhas inferiores
Manejo da Doença:
O controle da doença é feito através do plantio de cultivares com
resistência genética. A rotação de culturas é também uma prática
recomendada para o manejo desta doença.
MANCHA DE MAYDIS (Bipolaris maydis )
Esta doença com severidade baixa a média.
Sintomas: A Raça 0 produz lesões alongadas, delimitadas pelas nervuras com margens castanhas com forma e tamanho variáveis. O
patógeno ataca apenas as folhas. A Raça T produz lesões de coloração marron de formato elíptico, margens amareladas ou
cloróticas
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes e rotação de culturas.
Mancha Foliar de Diplodia (Diplodia macrospora)
A doença tem ocorrido com baixa severidade até o momento.
Sintomas: As lesões são alongadas, grandes, semelhantes as de
H. turcicum. Diferem desta por apresentar, em algum local da
lesão, pequeno círculo visível contra a luz (ponto de infecção). Podem alcançar até 10 cm de comprimento
Manejo da doença: plantio de cultivares resistentes e rotação de culturas.
Mancha foliar de cercóspora (Cercospora zeae-maydis e C. sorghi f. sp.. maydis)
A doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, podendo as perdas ser superiores a 80%.
Sintomas:
Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza,
retangulares a irregulares com as lesões desenvolvendo-se paralelas às
nervuras. Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos da doença.
Manejo da Doença:
Plantio de cultivares resistentes. Evitar a permanência de restos da
cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta severidade,
para reduzir o potencial de
inóculo. Realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da
Cercospora zeae-maydis. Para evitar o aumento do potencial de
inóculo da
Cercospora zeae-maydis
deve - se evitar o plantio de milho após milho. Plantar cultivares
diferentes em uma mesma área e em cada época de plantio. Realizar
adubações de acordo com as recomendações técnica para evitar
desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho, favoráveis ao
desenvolvimento desse
patógeno, principalmente a relação
nitrogênio/potássio. Para que essas medidas sejam eficientes
recomenda-se a sua aplicação regional (em macro - regiões) para evitar
que a doença volte a se manifestar a partir de
inóculo trazido pelo vento de lavouras vizinhas infectadas.
Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis)
As perdas na produção podem ser superiores a 60% em determinadas situações.
Sintomas: As lesões iniciais apresentam um aspecto de encharcamento (
anasarca), tornando-se
necróticas com coloração palha de formato circular a oval com 0,3 a 2cm de diâmetro. Há
coalescência de
lesões em ataques mais severos.
Manejo da Doença:
Plantio de cultivares resistentes. Plantios realizados mais cedo
reduzem a severidade da doença. O uso da prática da rotação de culturas
contribui para a redução do potencial de
inóculo.
ENFEZAMENTO VERMELHOfitoplasma I-B
Essa
doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda
total da produção. A incidência do enfezamento vermelho tem aumentado
principalmente em função do plantio do milho em mais de uma época no
ano.
Sintomas
Os sintomas típicos dessa doença são o
avermelhamento intenso e generalizado da planta, geralmente associado à
proliferação de espigas, que pode ocorrer em uma ou em várias axilas
foliares na planta.
Manejo
As estratégias para
manejo do enfezamento vermelho incluem a utilização de cultivares
resistentes, adequação da época de plantio, evitando-se plantios tardios
e, principalmente, a diversificação de cultivares na área de plantio.
Míldio do sorgo em milho Peronosclerospora sorghi
Podridão-bacterianaErwinia chrysanthemi pv. zeae
Importância da doença
Podridões
do colmo estão entre as mais sérias doenças do milho e causam perdas na
produção pela redução do enchimento de grãos, morte prematura e
podridão.
Sintomatologia
A
podridão ocorre em um ou vários internódios acima da superfície do solo
que tornam-se encharcados, perdem a rigidez e adquirem uma coloração
marrom-clara. As plantas afetadas podem permanecer verdes por vários
dias porque os feixes vasculares não são destruídos. Tecidos afetados
apresentam um odor desagradável característico. Em plantios
realizados em áreas irrigadas, também pode ocorrer uma podridão que se
inicia pelas folhas superiores da planta, com seca rápida, típica de uma
escaldadura, com a parte inferior mantendo-se verde.
Controle
É
feito pelo uso de híbridos e variedades resistentes, complementado por
práticas culturais. Deve-se evitar altas doses de adubações nitrogenadas
e o plantio em épocas favoráveis à doença, isto é, com temperatura e
umidade elevadas. O controle de insetos, como lagartas que abrem portas
de entrada para a bactéria, também é importante.
Podridão branca da espiga
Diplodia macrospora Earle
Diplodia maydis (Berk.) Sacc.
Além das perdas de produção, os grãos ardidos por
Diplodia
spp. constituem um dos principais problemas da qualidade do milho,
devido à possibilidade da presença de micotoxinas. A toxina produzida
por
D. macrospora é denominada diplodiol e é tóxica para aves e bovinos, já a toxina produzida por
D. maydis é denominada diplodiatoxina e é tóxica para aves, bovinos e ovinos.
Sintomatologia
Os
primeiros sintomas da podridão aparecem geralmente na base da espiga.
Entre os grãos, desenvolve-se um micélio branco e as espigas severamente
afetadas tornam-se mais leves do que as sadias e apresentam grãos de
cor marrom. Pequenos pontos negros podem ser encontrados no interior da
espiga, na palha e em lesões de coloração variando de marrom-claras a
quase negras próximo aos entrenós inferiores. O tecido interno dos
entrenós adquire uma coloração marrom e se desintegra, sobrando apenas
os vasos lenhosos também cobertos pelos mesmos pontos negros. Estes
pontos negros são os picnídios, as estruturas de frutificação do
patógeno. Espigas infectadas no estádio de grãos leitosos podem
apodrecer completamente.
Práticas de manejo
As práticas
culturais recomendadas são o uso de cultivares resistentes e outros
métodos que visam acabar com as formas de sobrevivência do patógeno,
eliminando os restos de cultura, usando sementes sadias e fazendo
rotação de cultura já que o milho é o único hospedeiro de
D. macrospora. Cana também é hospedeiro de
D. maydis, portanto evitar fazer rotação milho-cana. Existe no mercado fungicidas e mistura de fungicidas capazes de erradicar o fungo.
Bibliografia consultada
CAMARGO,
L.E.A.; PEREIRA, O.A.P.; DE CARVALHO, R.V. Doenças do milho. In:
KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE,
J.A.M. (Eds.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas.
4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v.2, p. 477-488. PINTO,
N.F.J.A. Comunicado técnico 141. Podridão branca da espiga do milho. 1.
ed. Embrapa milho e sorgo. Sete Lagos, MG. 2006 FERNANDES, F.T.;
OLIVEIRA, E.; CASELA, C.R.; FERREIRA, A.S.; PINTO, N.F.J.A. Doenças de
Milho, Podridões do colmo e das raízes. Sistema de Produção 1. Embrapa
Milho e Sorgo. 2006.
Podridão do colmo de fusarium Fusarium moniliforme
É considerado o principal patógeno associado a sementes de milho no Brasil.
Sintomatologia
Os
tecidos internos dos entrenós e das raízes adquirem coloração
avermelhada que progride de forma uniforme e contínua, da base em
direção à parte superior da planta. A parte inferior do colmo torna-se
mole e, eventualmente, entra em colapso. A medula dentro da haste
torna-se esbranquiçada, bronzeada a rosada e é desintegrada, deixando os
feixes vasculares intactos. Tanto as raízes quanto a parte basal do
colmo podem apresentar lesões internas e externas e as plantas
severamente atacadas secam prematuramente em relação às plantas sadias.
Em estágios avançados da doença, o tecido atacado pode apresentar-se
fendilhado. Sinais da doença, como esporodóquios do anamorfo e
peritécios do teleomorfo deste fungo podem ser constatados nos tecidos
atacados. Embora a infecção do colmo possa ocorrer antes da polinização,
os sintomas só se tornam visíveis logo após a polinização e aumentam em
severidade à medida que as plantas entram em senescência.
Práticas de manejo
Escolha
de cultivares resistentes e práticas culturais, dentre as quais,
destaca-se densidade correta de plantio, manutenção da cultura livre de
plantas daninhas, colheita na época apropriada e rotação de culturas.
Plantios com estandes adensados requerem híbridos resistentes. Não há
controle químico para esta doença.
Podridão rosada da espigaSintomatologia
Fusarium verticillioides (Sacc.) Nirenb.
Fusarium moniliforme Sheld.
Importância da doença
A
doença é responsável por importantes perdas na produção de milho no
mundo, sendo altamente transmissível por sementes e com alta capacidade
de multiplicação em restos de cultura. Produtor de micotoxinas,
inviabiliza, em casos de elevadas infestações, o uso dos grãos para
consumo humano ou animal.
Sintomatologia
Uma massa
cotonosa avermelhada pode recobrir os grãos infectados ou a área da
palha atingida. Em alguns grãos pode haver o aparecimento de estrias
brancas no pericarpo. Os grãos podem estar em grupos ou isolados na
espiga, podendo ser possível observar a presenças de um micélio branco
em estádios avançados da doença. Muitos grãos, aparentemente sadios,
podem conter o patógeno em seu interior.
Práticas de manejo
A
principal medida de controle desta doença é o uso de cultivares
resistentes. Além disso, deve-se fazer rotação de culturas, promover o
controle de plantas invasoras hospedeiras do patógeno e usar sementes
sadias.