terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tratos Culturais

Antracnose..... fungo Colletotrichum graminicola
lesões foliares podem servir como fonte de inóculo para infecções no colmo, que podem causar tombamento da planta e conseqüente redução na produtividade da ordem de 18% a 40%.
Manejo da doença: Plantio de cultivares resistentes. A rotação de cultura é essencial para a redução do potencial de inóculo presente nos restos de cultura.

Carvão Comum ...... Ustilago maydis
Folha: formação de galhas na bainha, na nervura das folhas, no interior dessas galhas, são formadas massas de esporos negros.
Fruto: formação de galhas nos grãos.
CONTROLE: Resistência Genética:
  1. uso de cultivares resistentes e com bom empalhamento de espiga
Controle Cultural (Rotação, nutrientes, compostagem, espaçamento, aração e gradagem, pH, roguing etc.):
  1. evitar doses excessivas de nitrogênio;
  2. evitar injúrias por tratos culturais;
  3. controlar lagartas que afetam as espigas;
  4. fazer rotação de cultura em áreas com alta incidência da doença.
Causando perdas na safra.

A ferrugem de polissora, causada pelo fungo Puccinia polysora Underw,
As perdas podem atingir até 44,6% da produção.
Sintomas: Pústulas circulares a ovais, marron claras, distribuídas na face superior das folhas e, com muito menor abundância na face inferior da folha

Ferrugem Comum (Puccinia sorghi)
A doença tem ampla distribuição com severidade moderada.
Sintomas: As pústulas são formadas em ambas as superfícies da folha, apresentam formato circular a alongado e se rompem rapidamente.
Epidemiologia: Temperaturas baixas (16 a 23ºC) e alta umidade relativa (100%) favorecem o desenvolvimento da doença.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares com resistência genética.
Ferrugem Tropical ou Ferrugem Branca (Physopella zeae)
O problema é maior em plantios contínuos de milho, principalmente áreas de pivot.
Sintomas: Pústulas brancas ou amareladas, em pequenos grupos, de 0,3 a 1,0mm de comprimento na superfície superior da folha, paralelamente às nervuras.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes. Os plantios contínuos tendem a agravar o problema causados pelas ferrugens em geral. Recomenda-se a alternância de genótipos e a interrupção no plantio durante um certo período para que ocorra a morte dos uredosporos.
Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
Importância e Distribuição: No Brasil o problema tem sido maior em plantios de safrinha. As perdas podem atingir a 50% em ataques antes do período de floração.
Sintomas: Os sintomas característicos são lesões alongadas, elípticas de coloração cinza ou marrom e comprimento variável entre 2,5 a 15cm. A doença ocorre inicialmente nas folhas inferiores

Manejo da Doença: O controle da doença é feito através do plantio de cultivares com resistência genética. A rotação de culturas é também uma prática recomendada para o manejo desta doença.
MANCHA DE MAYDIS (Bipolaris maydis )
Esta doença com severidade baixa a média.
Sintomas: A Raça 0 produz lesões alongadas, delimitadas pelas nervuras com margens castanhas com forma e tamanho variáveis. O patógeno ataca apenas as folhas. A Raça T produz lesões de coloração marron de formato elíptico, margens amareladas ou cloróticas
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes e rotação de culturas.
Mancha Foliar de Diplodia (Diplodia macrospora)
A doença tem ocorrido com baixa severidade até o momento.
Sintomas: As lesões são alongadas, grandes, semelhantes as de H. turcicum. Diferem desta por apresentar, em algum local da lesão, pequeno círculo visível contra a luz (ponto de infecção). Podem alcançar até 10 cm de comprimento
Manejo da doença: plantio de cultivares resistentes e rotação de culturas.
Mancha foliar de cercóspora (Cercospora zeae-maydis e C. sorghi f. sp.. maydis)
A doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, podendo as perdas ser superiores a 80%.
Sintomas: Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, retangulares a irregulares com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos da doença.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes. Evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta severidade, para reduzir o potencial de inóculo. Realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis. Para evitar o aumento do potencial de inóculo da Cercospora zeae-maydis deve - se evitar o plantio de milho após milho. Plantar cultivares diferentes em uma mesma área e em cada época de plantio. Realizar adubações de acordo com as recomendações técnica para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho, favoráveis ao desenvolvimento desse patógeno, principalmente a relação nitrogênio/potássio. Para que essas medidas sejam eficientes recomenda-se a sua aplicação regional (em macro - regiões) para evitar que a doença volte a se manifestar a partir de inóculo trazido pelo vento de lavouras vizinhas infectadas.
Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis)
As perdas na produção podem ser superiores a 60% em determinadas situações.
Sintomas: As lesões iniciais apresentam um aspecto de encharcamento (anasarca), tornando-se necróticas com coloração palha de formato circular a oval com 0,3 a 2cm de diâmetro. Há coalescência de lesões em ataques mais severos.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes. Plantios realizados mais cedo reduzem a severidade da doença. O uso da prática da rotação de culturas contribui para a redução do potencial de inóculo.
ENFEZAMENTO VERMELHOfitoplasma I-B
Essa doença pode ocorrer em 100% das plantas na lavoura, causando perda total da produção. A incidência do enfezamento vermelho tem aumentado principalmente em função do plantio do milho em mais de uma época no ano.
Sintomas
Os sintomas típicos dessa doença são o avermelhamento intenso e generalizado da planta, geralmente associado à proliferação de espigas, que pode ocorrer em uma ou em várias axilas foliares na planta.
Manejo
As estratégias para manejo do enfezamento vermelho incluem a utilização de cultivares resistentes, adequação da época de plantio, evitando-se plantios tardios e, principalmente, a diversificação de cultivares na área de plantio.

Míldio do sorgo em milho Peronosclerospora sorghi
Podridão-bacterianaErwinia chrysanthemi pv. zeae
Importância da doença
Podridões do colmo estão entre as mais sérias doenças do milho e causam perdas na produção pela redução do enchimento de grãos, morte prematura e podridão.
Sintomatologia
     A podridão ocorre em um ou vários internódios acima da superfície do solo que tornam-se encharcados, perdem a rigidez e adquirem uma coloração marrom-clara. As plantas afetadas podem permanecer verdes por vários dias porque os feixes vasculares não são destruídos. Tecidos afetados apresentam um odor desagradável característico.     Em plantios realizados em áreas irrigadas, também pode ocorrer uma podridão que se inicia pelas folhas superiores da planta, com seca rápida, típica de uma escaldadura, com a parte inferior mantendo-se verde.
Controle
     É feito pelo uso de híbridos e variedades resistentes, complementado por práticas culturais. Deve-se evitar altas doses de adubações nitrogenadas e o plantio em épocas favoráveis à doença, isto é, com temperatura e umidade elevadas. O controle de insetos, como lagartas que abrem portas de entrada para a bactéria, também é importante.

Podridão branca da espiga
Diplodia macrospora EarleDiplodia maydis (Berk.) Sacc.
Além das perdas de produção, os grãos ardidos por Diplodia spp. constituem um dos principais problemas da qualidade do milho, devido à possibilidade da presença de micotoxinas. A toxina produzida por D. macrospora é denominada diplodiol e é tóxica para aves e bovinos, já a toxina produzida por D. maydis é denominada diplodiatoxina e é tóxica para aves, bovinos e ovinos.
Sintomatologia
Os primeiros sintomas da podridão aparecem geralmente na base da espiga. Entre os grãos, desenvolve-se um micélio branco e as espigas severamente afetadas tornam-se mais leves do que as sadias e apresentam grãos de cor marrom. Pequenos pontos negros podem ser encontrados no interior da espiga, na palha e em lesões de coloração variando de marrom-claras a quase negras próximo aos entrenós inferiores. O tecido interno dos entrenós adquire uma coloração marrom e se desintegra, sobrando apenas os vasos lenhosos também cobertos pelos mesmos pontos negros. Estes pontos negros são os picnídios, as estruturas de frutificação do patógeno. Espigas infectadas no estádio de grãos leitosos podem apodrecer completamente.
Práticas de manejo
As práticas culturais recomendadas são o uso de cultivares resistentes e outros métodos que visam acabar com as formas de sobrevivência do patógeno, eliminando os restos de cultura, usando sementes sadias e fazendo rotação de cultura já que o milho é o único hospedeiro de D. macrospora. Cana também é hospedeiro de D. maydis, portanto evitar fazer rotação milho-cana. Existe no mercado fungicidas e mistura de fungicidas capazes de erradicar o fungo.
Bibliografia consultada
CAMARGO, L.E.A.; PEREIRA, O.A.P.; DE CARVALHO, R.V. Doenças do milho. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. (Eds.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v.2, p. 477-488. PINTO, N.F.J.A. Comunicado técnico 141. Podridão branca da espiga do milho. 1. ed. Embrapa milho e sorgo. Sete Lagos, MG. 2006 FERNANDES, F.T.; OLIVEIRA, E.; CASELA, C.R.; FERREIRA, A.S.; PINTO, N.F.J.A. Doenças de Milho, Podridões do colmo e das raízes. Sistema de Produção 1. Embrapa Milho e Sorgo. 2006.


Podridão do colmo de fusarium Fusarium moniliforme
É considerado o principal patógeno associado a sementes de milho no Brasil.
Sintomatologia
Os tecidos internos dos entrenós e das raízes adquirem coloração avermelhada que progride de forma uniforme e contínua, da base em direção à parte superior da planta. A parte inferior do colmo torna-se mole e, eventualmente, entra em colapso. A medula dentro da haste torna-se esbranquiçada, bronzeada a rosada e é desintegrada, deixando os feixes vasculares intactos. Tanto as raízes quanto a parte basal do colmo podem apresentar lesões internas e externas e as plantas severamente atacadas secam prematuramente em relação às plantas sadias. Em estágios avançados da doença, o tecido atacado pode apresentar-se fendilhado. Sinais da doença, como esporodóquios do anamorfo e peritécios do teleomorfo deste fungo podem ser constatados nos tecidos atacados. Embora a infecção do colmo possa ocorrer antes da polinização, os sintomas só se tornam visíveis logo após a polinização e aumentam em severidade à medida que as plantas entram em senescência.
Práticas de manejo
Escolha de cultivares resistentes e práticas culturais, dentre as quais, destaca-se densidade correta de plantio, manutenção da cultura livre de plantas daninhas, colheita na época apropriada e rotação de culturas. Plantios com estandes adensados requerem híbridos resistentes. Não há controle químico para esta doença.

Podridão rosada da espigaSintomatologia
Fusarium verticillioides (Sacc.) Nirenb.Fusarium moniliforme Sheld.
Importância da doença
A doença é responsável por importantes perdas na produção de milho no mundo, sendo altamente transmissível por sementes e com alta capacidade de multiplicação em restos de cultura. Produtor de micotoxinas, inviabiliza, em casos de elevadas infestações, o uso dos grãos para consumo humano ou animal.
Sintomatologia
Uma massa cotonosa avermelhada pode recobrir os grãos infectados ou a área da palha atingida. Em alguns grãos pode haver o aparecimento de estrias brancas no pericarpo. Os grãos podem estar em grupos ou isolados na espiga, podendo ser possível observar a presenças de um micélio branco em estádios avançados da doença. Muitos grãos, aparentemente sadios, podem conter o patógeno em seu interior.
Práticas de manejo
A principal medida de controle desta doença é o uso de cultivares resistentes. Além disso, deve-se fazer rotação de culturas, promover o controle de plantas invasoras hospedeiras do patógeno e usar sementes sadias.

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